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Piano Vermelho, Josh Malerman

“Talvez o destino seja um garotinho, trabalhando com o pouco conhecimento que tem do mundo”

Sinopse: O novo thriller do autor do best-seller Caixa de pássaros. Ex-ícones da cena musical de Detroit, os Danes estão mergulhados no ostracismo. Sem emplacar nenhum novo hit, eles trabalham trancados em estúdio produzindo outras bandas, enchendo a cara e se dedicando com reverência à criação — ou, no caso, à ausência dela. Uma rotina interrompida pela visita de um funcionário misterioso do governo dos Estados Unidos, com um convite mais misterioso ainda: uma viagem a um deserto na África para investigar a origem de um som desconhecido que carrega em suas ondas um enorme poder de destruição. Liderados pelo pianista Philip Tonka, os Danes se juntam a um pelotão insólito em uma jornada pelas entranhas mortais do deserto. A viagem, assustadora e cheia de enigmas, leva Tonka para o centro de uma intrincada conspiração. Seis meses depois, em um hospital, a enfermeira Ellen cuida de um paciente que se recupera de um acidente quase fatal. Sobreviver depois de tantas lesões parecia impossível, mas o homem resistiu. As circunstâncias do ocorrido ainda não foram esclarecidas e organismo dele está se curando em uma velocidade inexplicável. O paciente é Philip Tonka, e os meses que o separam do deserto e tudo o que lá aconteceu de nada serviram para dissipar seu medo e sua agonia. Onde foram parar seus companheiros? O que é verdade e o que é mentira? Ele precisa escapar para descobrir. Com uma narrativa tensa e surpreendente, Josh Malerman combina em Piano Vermelho o comum e o inusitado numa escalada de acontecimentos que se desdobra nas mais improváveis direções sem jamais deixar de proporcionar aquilo pelo qual o leitor mais espera: o medo.
Fonte: https://www.saraiva.com.br/piano-vermelho-9726090.html

 

Piano Vermelho narra a história de Philip Tonka, um pianista que é mandado pelo exercito Americano, junto com a sua banda, para o deserto Africano, afim de descobrir a fonte de um som misterioso e capaz de fazer as pessoas passarem mal, que foi descoberto na região.
Alguns pelotões já estiveram lá, e todos falharam miseravelmente na missão, por isso, o exercito recorreu a músicos.
O primeiro chamariz do livro é naturalmente o fato do autor ter escrito anteriormente Caixa de Pássaros, um livro muito elogiado na época do seu lançamento. Eu li muita gente dizendo que Piano Vermelho não prende tanto a atenção quanto Caixa de Pássaros, mas eu me senti completamente presa á história enquanto lia o livro, inclusive, teve momentos em que tive que me forçar a largar o livro, talvez seja porque eu não li Caixa de Pássaros ainda, ou porque, esperava pouco do livro devido as críticas. A leitura é fácil e rápida e é possível ler o livro em menos de uma semana.
Outro ponto que me chamou atenção foi a escolha do protagonista, eu achei tão diferente a idéia de colocar um musico como personagem, mas também é a escolha perfeita, já que o grande mistério do livro se revira em torno de um som terrível. Além disso, Philip é um personagem fácil de se gostar, ele é inteligente, divertido, sensível e tem aquele ar cool de Rockstar, então não demora muito para que o leitor esteja torcendo por ele. O resto da banda aparece bem pouco, mas são um adendo interessante a trama, especialmente quando o autor demonstro que antes de serem uma banda, os integrantes são também muito amigos, o fato da amizade entre eles ser profunda, dá abertura para vários outros acontecimentos no livro.
O livro começa com Philip no hospital, se recuperando relativamente rápido de machucados e ossos quebrados que certamente o teriam matado, a equipe medica se questiona como ele continua vivo e só esse questionamento já prende o leitor. Depois disso, Philip vai relembrando o que aconteceu com ele: desde a proposta do exercito, passando por sua experiência no deserto e por fim, algumas das coisas que aconteceram por lá. Uma vez que você já está mergulhado na história, é muito difícil largar o livro.
O terror aparente de O Piano Vermelho é o som misterioso que causa mal estar nas pessoas que o escutam, a possibilidade do que ele pode fazer se usado em grande escala e claro, o motivo desse som existir. A idéia de um som, que é capaz de fazer mal e que ninguém parece capaz de entender é por si só, uma idéia assustadora, Malerman aproveita disso para falar da possibilidade de uma guerra nuclear, o livro se passa no final dos anos 50 e começo de 60, quando a população americana vivia apavorada com a possibilidade de uma bomba nuclear ser jogada nos Estados Unidos. A idéia de que o som pode ser proveniente de uma arma nuclear e que as pessoas que lá estiverem podem acabar contaminadas permeia o livro todo.
Como eu disse, o livro se passa nos anos 60, e o narrador fala isso no começo do livro, mas algumas das coisas que são citadas no livro e maneira como o autor fala da tecnologia me fez passar o livro achando que ele se passava nos dias atuais, então, eu diria que faltou um pouco de pesquisa relativa á década.
Embora o livro construa a atmosfera de suspense muito bem no começo, em especial antes deles chegarem no deserto, quando a banda já está perto de localizar o barulho, a história parece que dá uma corrida e muitos das coisas não são explicadas direito, isso prejudica algumas das cenas pensadas para serem as mais assustadoras do livro, que mereciam mais descrição. Essa corrida acompanha o livro até o final, os últimos momentos da história acontecem em poucas páginas, tirando parte do suspense e mais uma vez, alguns dos fatos da conclusão, não ficam bem explicados.
Mesmo com um final corrido, o livro tem uma história interessante e rende bons momentos de suspense e é uma leitura prazerosa.

Capa comum: 320 páginas
Editora: Intrínseca; Edição: 1ª (7 de julho de 2017)
Idioma: Português
ISBN-10: 8551002066
ISBN-13: 978-8551002063
Dimensões do produto: 22,8 x 15,6 x 2 cm
Peso de envio: 499 g
Fonte: https://www.amazon.com.br/Piano-Vermelho-Josh-Malerman/dp/8551002066

Créditos da imagem: https://www.skoob.com.br/piano-vermelho-671143ed673040.html

 

 

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