Sinopse: A sedutora Dona Flor (Juliana Paes) é uma professora de culinária de Salvador. Ela é casada com Vadinho (Marcelo Faria), que morre, então ela acaba se casando novamente com o farmacêutico Teodoro (Leandro Hassum). Quando Vadinho volta em espírito, Dona Flor fica dividida do que fazer com os dois maridos.
Baseado no livro homônimo de Jorge Amado, Dona Flor e Seus Dois Maridos é a segunda adaptação da obra para o cinema (a primeira e mais famosa é de 1976, com Sonia Braga, Mauro Mendonça e Jose Wilker). No filme conhecemos Flor (Juliana Paes), casada com Vadinho (Marcelo Faria), que morre logo na primeira cena do filme. Depois de um período de luto, Flor se casa novamente, com o farmacêutico, Teodoro (Leandro Hassum), mas logo o falecido Vadinho aparece em forma de fantasma para tentar Flor.
A trama de Dona Flor e seus Dois Maridos é extremamente conhecida, inclusive fora do Brasil, o filme é relativamente fiel ao livro. A primeira cena do filme é igual a do livro e mostra justamente a morte de Vadinho, então, depois do enterro dele, é que ficamos sabendo como ele e Flor se conheceram, começaram a namorar e finalmente se casaram. O roteiro parece escrito exatamente como o livro, que também é narrado no começo como um flash back de Flor.
O filme acrescentou uma certa violência ao personagem de Vadinho, que não existe no livro. Vadinho tem de fato muitos defeitos, mas ele não é violento com Flor em nenhum momento. Para mim pareceu que o filme queria dar um defeito a mais para ele, para que pesasse um pouco mais na hora da decisão entre os dois maridos.
É verdade que os livros de Jorge Amado falam muito de sexo e Dona Flor e seus Dois Maridos tem palavrões e palavras chulas típicas do nordeste, mas de alguma maneira o filme conseguiu deixar alguns dos diálogos dignos de filme pornô. Nem falo das cenas de sexo em si, que estão dentro da temática da história e muito menos desse ser um tema recorrente no filme, porque séria de fato impossível adaptar Dona Flor e Seus Dois Maridos sem falar de sexo, é mais referente as expressões usadas.
O elenco funciona bem, Juliana Paes tem cara de heroína de Jorge Amado (tanto que essa já é a segunda que ela interpreta) e Leandro Hassum dá um ar de comedia ao personagem Teodoro, que no livro é sério e até sem graça, embora gentil e trabalhador, já Marcelo Faria parece perfeito para o papel de Vadinho, tanto que quando eu li o livro, eu imaginei o personagem como ele. Outra coisa interessante é que os dois são contrapontos exatos, como o livro dá a entender, que de alguma maneira se completam.
Dona Flor e Seus Dois Maridos se passa nos anos 40 e o figurino do filme é muito bonito e certamente foi muito bem pesquisado. As roupas de Flor passam por uma transformação desde os dias de casada com Vadinho, que é um bon vivant que gasta tudo que tem com jogo para os dias de casada com Teodoro, um farmacêutico bem sucedido, que tem mais dinheiro guardado.
O filme talvez se alongue um pouco mais do que deveria, tornando os minutos finais um pouco cansativos, mas de uma maneira geral, o filme funciona. O problema maior mesmo é conseguir se desligar dos atores que interpretaram os personagens no filme de 76, portanto o filme pode funcionar muito bem para quem não viu o primeiro filme e pode agradar quem leu o livro.
Data de lançamento 2 de novembro de 2017 (1h 48min)
Direção: Pedro Vasconcelos
Elenco: Juliana Paes, Leandro Hassum, Marcelo Faria
Gênero Comédia
Nacionalidade Brasil
Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-248121/
Créditos das imagens: https://www.guiadasemana.com.br/cinema/sinopse/dona-flor-e-seus-dois-maridos
http://www.corpoealma.com/dona-flor-e-seus-dois-maridos-volta-aos-cinemas-em-nova-versao/
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