“É bastante divertido querer as coisas…e depois lutar e trabalhar para que elas cheguem. Apenas levar a vida, sabendo que vamos ter tudo que quisermos, na hora que quisermos é tão…tão monótono, não acha?”
Publicado em 1915, Pollyana Moça é a continuação do clássico de Eleanor H. Porter. Nesse livro, voltamos a acompanhar Pollyana, dessa vez já uma adolescente, que continua fazendo o jogo do contente.
Quando a tia de Pollyana viaja, ela resolve deixar a menina na casa de uma senhora mal humorado e com uma grande tragédia pessoal no seu passado, que precisa do modo de viver de Pollyana para seguir com a vida. Nessa cidade, Pollyana conhece outras pessoas e faz novas amizades.
Pollyana Moça não é um livro tão famoso quanto seu antecessor, Pollyana, mas isso não faz dele menos interessante. Ele foi publicado na onda do sucesso do primeiro livro, apenas dois anos depois.
A trama de Pollyana Moça não é repleta de originalidade, é verdade, e em muitos aspectos, ela lembra a do primeiro livro. Por exemplo, nos dois livros Pollyana passa um tempo morando com uma senhora mal humorada que começa a mudar quando conhece a menina, e as situações que circulam esse evento são relativamente parecidas.
Ao longo do livro, outras situações se repetem, como as confusões que os personagens fazem e que inevitavelmente os afastam da felicidade, embora nesse caso, o leitor acompanhe tramas e desfechos bem diferentes do livro anterior.
O que é interessante e muito inteligente em Pollyana Moça é o fato de que o livro é um pouco mais adulto que o primeiro. Claro que o livro ainda é voltado para crianças e pré-adolescentes, mas alguns temas são tratados de maneira um pouco mais madura. Como por exemplo, o fato de Pollyana se apaixonar pela primeira vez, uma ideia que nem sequer é citada no primeiro livro. Em determinados momentos, o livro até faz algumas insinuações um pouco fortes.
Essa ideia é interessante porque é perfeita para prender os leitores da obra original que o fizeram na época de seu lançamento, já que as crianças que leram Pollyana já seriam adolescentes na época do lançamento de Pollyana Moça.
Como acontece no primeiro livro, a trama de Pollyana Moça é relativamente simples e a leitura é bem fácil, o que torna o livro perfeito para crianças e adolescentes. O jogo do contente, que tem bastante importância no primeiro livro, fica meio esquecido em Pollyana Moça, uma vez que a menina tem outras coisas na cabeça. Por outro lado, Pollyana enfrenta outros desafios e vive outras aventuras nessa continuação, que certamente vão agradar os fãs do primeiro livro.
Obvio que a leitura não é restrita a crianças e que o livro pode agradar adultos, mesmo que a história seja quase inocente, o livro é bem escrito, além de ter um mistério no meio da história que em muitos aspectos, lembra a trama de um livro policial. Esse mistério, embora um tanto quanto obvio, pode prender o leitor durante bastante tempo.
Existem milhões de edições diferentes de Pollyana Moça (assim como existem de Pollyana), mas eu li a edição da Autêntica, que além de ser linda e cheia de detalhes, tem um resumo do que aconteceu no primeiro livro no começo.
Pollyana Moça é uma boa continuação, perfeita para agradar os fãs e que mantém a magia do original, embora trate de temas mais maduros.
Capa comum: 224 páginas
Editora: Autêntica infantil e juvenil; Edição: 1ª (12 de agosto de 2016)
Idioma: Português
ISBN-10: 855130027X
ISBN-13: 978-8551300275
Dimensões do produto: 23 x 15,8 x 1,6 cm
Peso de envio: 649 g
Foto: Fernanda Cavalcanti