Sinopse: Shirley (Elizabeth Reaser/Lulu Wilson), Theo (Kate Siegel/Mckenna Grace), Nell (Victoria Pedretti/Violet McGraw), Luke (Oliver Jackson-Cohen/Julian Hilliard) e Steven (Michiel Huisman/Paxton Singleton) são cinco irmãos que cresceram na mansão Hill, a casa mal-assombrada mais famosa dos Estados Unidos. Agora adultos, eles retornam ao antigo lar e são forçados a confrontar os fantasmas do passado, após o suicídio da irmã mais nova.

Fonte: http://www.adorocinema.com/series/serie-21978/

 

Os irmãos Shirley (Elizabeth Reaser/Lulu Wilson), Theo (Kate Siegel/Mckenna Grace), Nell (Victoria Pedretti/Violet McGraw), Luke (Oliver Jackson-Cohen/Julian Hilliard) e Steven (Michiel Huisman/Paxton Singleton) cresceram na Residência Hill, aonde viam com freqüência assombrações. Depois de adultos, os cinco irmãos se afastaram da casa e fizeram suas vidas, então, um acontecimento, faz com que eles retornem a Residência Hill.

A Maldição da Residência Hill é a adaptação da Netflix do livro A Assombração da Casa da Colina, de Shirley Jackson. A primeira coisa que se deve dizer sobre a série é que ela não é uma adaptação fiel do livro, ela é apenas inspirada no trabalho de Jackson.

Existem diferenças consideráveis entre o livro e a série, uma vez que na obra original Theo, Steven, Nell e Luke são quatro pessoas que não tem qualquer parentesco e são convidados para passarem algumas noites na mansão para participar de um estudo de sono e Shirley nem existe.

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Como eu esperava uma versão mais fiel do livro, demorou um tempo para eu entender A Maldição da Residência Hill, mas lá pelo terceiro episodio eu já tinha pego o fio da meada. O importante no caso dessa série é manter em mente que ela é uma boa série, mas não é necessariamente uma boa adaptação.

Eu achei interessante a ideia de representar os cinco personagens do livro como irmãos, embora eu não tenha entendido exatamente porque não fazer uma série que fosse mais parecida com o livro. Talvez seja porque A Assombração da Casa da Colina já ganhou duas adaptações antes, Desafio do Além (1963) e A Casa Amaldiçoada (1999).

Uma coisa que a série fez que é interessante foi manter a personalidade de cada um dos personagens: Nell é a protagonista do livro e é tímida e insegura, Luke também tem dúvidas do que está fazendo na casa, Steven é mais cético e Theo, é mais debochada. A série também escancarou um “boato” que o livro apenas insinua, mas que é sempre discutido a exaustão: a sexualidade de Theo.

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Talvez porque o livro foi escrito no final dos anos 50, a sexualidade de Theo nunca fica explicita, embora isso esteja descrito muito claramente nas entrelinhas, mas na série, que é de 2018, Theo é assumidamente lésbica, o que eu achei interessante, além de muito moderno.

A série, de uma maneira geral, dá uma modernizada no livro, que foi escrito em 1959, o que se faz realmente necessário e também aumenta muito o terror. O livro é de fato assustador, mas por ser um dos primeiros livros que falam sobre mansões mal assombradas, as assombrações são mais simples, e talvez hoje em dia, soem até um pouco repetitivas, porque já foram copiadas por muitas coisas que vieram depois. Na série, por outro lado, os fantasmas são de fato medonhos. A moça do pescoço torto me deixou assustada de verdade.

Se no livro as explicações para as assombrações da casa não se fazem tão necessárias, na série, os fantasmas podem ter diversas interpretações. A Maldição da Residência Hill segue uma linha que deixa o telespectador na dúvida sobre o quanto do que acontece na casa e com a família Crane é de fato assombração ou é algum problema psicológico, que ronda aquela família, ou ainda, se é culpa ou angustia. Steven, o filho mais velho diz em certo momento, que não acredita nas assombrações e que tudo isso é só coisa da cabeça deles.

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Com isso, a série dá toda uma nova interpretação, que pode agradar até quem não é amante do terror.

A Maldição da Residência Hill também apresenta ao público cada um dos personagens quando crianças, o que não acontece no livro, mas que ajuda o telespectador a entender boa parte dos traumas que os cinco irmãos carregam ao longo da vida. A série também conversa muito com a ideia de que os nossos traumas são os que nos formam, então, mostrar os personagens quando crianças, é a forma perfeita de falar sobre isso.

A Maldição da Residência Hill é uma ótima série, um exemplo típico daquelas obras que usam do terror para falar de outra coisa, mas para os fãs do livro de Shirley Jackson, a série só vai ser bem aproveitada, se pensada como uma obra individual.

 

Direção: Mike Flanagan

Elenco: Michiel Huisman, Carla Gugino, Elizabeth Reaser, Oliver Jackson- Cohen

Gênero: Drama, Terror

Duração do Episódio: 50 minutos

Número de Episódios: 10

Fonte: http://www.adorocinema.com/series/serie-21978/

Crédito das imagens:

https://filmow.com/a-maldicao-da-residencia-hill-1a-temporada-t232867/

https://www.clarin.com/espectaculos/tv/recomendados-peliculas-series-ver-semana_0_7EZBGY-a8.html

https://tvline.com/2018/08/27/haunting-of-hill-house-netflix-premiere-date-photos/

https://www.romper.com/p/is-hill-house-a-real-place-the-mansion-in-the-haunting-of-hill-house-would-be-thrilling-to-visit-12173113

 

 

 

 

 

Uma resposta para “Série: A Maldição da Residência Hill (1ª Temporada), 2018”.

  1. […] foi inspiração para um episódio da série Dark Shadows e vai ser o tema da continuação de A Maldição da Residência Hill, da Netflix, dessa vez, com o nome de A Maldição da Mansão […]

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